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COVID-19 e gravidez: Existe risco de transmissão para o bebê?

Atualizado: 18 de ago. de 2020



Ainda não existem dados suficientes para concluir sobre o potencial de transmissão vertical (de mãe para filho) do vírus causador da COVID-19. Confira o que já foi publicado pelos cientistas sobre o assunto!


Epidemias anteriores de infecções virais emergentes, tais como a síndrome respiratória aguda grave (SARS) causada pelo SARS-CoV e síndrome respiratória do Oriente Médio (MERS) causada pelo MERS-CoV, geralmente levaram a resultados obstétricos ruins, incluindo morbimortalidade materna, transmissão materno-fetal do vírus e infecções perinatais e morte.


A gravidez apresenta uma situação imunológica única e pode aumentar a suscetibilidade a algumas doenças infecciosas, incluindo patógenos respiratórios. Será que mulheres grávidas podem ter maior risco de infecção grave pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em comparação com a população em geral? Será que mulheres grávidas com COVID-19 passam a doença para o bebê?


São perguntas ainda sem respostas definitivas, mas os pesquisadores estão trabalhando arduamente para responder! Confira!


Uma pesquisa realizada entre dezembro de 2019 até 11 de abril de 2020, por 3 pesquisadores do Quênia, Estados Unidos e Itália, selecionou todos os estudos publicados sobre a transmissão vertical intra-uterina do SARS-CoV-2. A transmissão vertical intra-uterina foi definida como identificação positiva do vírus em amostras de placenta, líquido amniótico, esfregaços de sangue do cordão umbilical, da nasofaringe e/ou orofaringe dos recém-nascidos.


Os 5 estudos já publicados avaliaram 16 mulheres que apresentaram os sintomas e o diagnóstico da COVID-19 no 3° trimestre da gravidez. Nenhum dos recém-nascidos apresentou resultado positivo para SARS-CoV-2 pela técnica molecular de diagnóstico, o RT-qPCR em tempo real (Cheruiyot et al., 2020). Contudo, outro trabalho realizado em Wuhan na China com análise retrospectiva de pacientes gravidas com COVID-19, identificou um recém-nascido positivo para doença, 36 horas após o parto, com sintomas leves da doença (Yu et al., 2020).


Ainda não existe evidência definitiva de transmissão vertical intra-uterina da COVID-19 e estudos são necessários (urgentemente!). É necessário avaliar a transmissão e os riscos de infecções em mulheres grávidas e recém-nascidos, além de qual o método ideal de teste diagnóstico da COVID-19 para os neonatos.

Para saber mais sobre o impacto da COVID-19 na gravidez acesse os artigos científicos na íntegra:

Artigo de Revisão: https://www.ejog.org/article/S0301-2115(20)30219-0/fulltext

Artigos citados no trabalho de revisão:

https://www.thelancet.com/journals/lancet/article/PIIS0140-6736(20)30360-3/fulltext

https://obgyn.onlinelibrary.wiley.com/doi/full/10.1002/uog.22006

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1111/j.1755-5949.2012.00367.x

https://academic.oup.com/cid/advance-article/doi/10.1093/cid/ciaa226/5809260

https://onlinelibrary.wiley.com/doi/pdf/10.1002/jmv.25857

Mais artigos sobre o tema:

https://www.thelancet.com/ journals/laninf/article/PIIS1473-3099(20)30176-6/fulltext

https://aslm.org/wp-content/uploads/2020/04/The-epidemiology-and-pathogenesis-of-coronavirus-disease.pdf

Por:

50 visualizações2 comentários

2 comentários


LaPesF
LaPesF
07 de jul. de 2020

Muito obrigada!! ♥️

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thpavesi
13 de jun. de 2020

Quero agradecer estes envios aos nossos e-mails após o término do curso. São questionamentos que vão surgindo, novas colocações, abordagens... Eu agora com mais calma vou rever o curso todo, sem a preocupação de entregar a tarefa, pelo deleite de saber mais. Parabéns Profa. Jamila pelo insentivo ao seu grupo e a todos nós. Grande abraço!

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